"À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

quinta-feira, 28 de junho de 2012

:)

Só agora entrei no rescaldo do fim-de-semana, com o início da semana a fazer frente a um estúpido bichinho que tentou meter-me de cama, sem sucesso. A semana tem sido preenchida mas já está quase a terminar e avizinha-se aí fim-de-semana de descanso ou semi-descanso. Vamos ver como estará o tempo na Nazaré
:)

Está agora a fazer um ano que tive que deixar um clube no qual estive três anos, no qual criei ligações que ainda hoje me custa olhar e ver que o "cordão" foi cortado, e foi cortado porque teve mesmo que ser. Se não tivesse havido Suécia não teria deixado, se não tivesse ido embora provavelmente ainda conseguiria lá estar, se se se...a vida segue, é verdade. Mas quando se trata de crianças é sempre tão complicado. Porque têm elas aquele poder de nos fazer ter saudades de tudo, de passar 6 dias por semana com elas, de chatear com elas, chorar com elas, rir com elas e tudo tudo...
Se me custa já não estar com aquelas crianças, outras surgiram, e essas outras que são agora as minhas, as crianças dos meus olhos, que mal passo um dia sem fazer algo que não seja para elas. Tive um novo desafio, aceite, foi um novo traçar de objectivos, aceite, é um trabalho tão grande que ocupa tanto tempo, que leva tanto de nós, mas ao mesmo tempo nos dá tanto, e dá mais do que o tempo que ocupa e daquilo que eu tiro para lhes dar a elas. Elas dão-me mais, muito mais.

Isto hoje porquê...no fim-de-semana fomos a Évora, para o III Torneio São João, vim de lá inchada...portaram-se lindamente! Mas não ficaremos pelo lindamente, existe ainda tanto trabalho por fazer e tanto esforço que ainda têm que ter, elas, eu e toda a gente à nossa volta.

Existe algo de maravilhoso em trabalhar com crianças :)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

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«Life holds special magic for those who dare to dream»

Luís Ricardo Simões

quarta-feira, 20 de junho de 2012

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"Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas. 

Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta. 
Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c. 
Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus. A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser."

Miguel Esteves Cardoso

Do mesmo sítio  que o texto do Fernando Alvim. Porque ela os sabe encontrar a dedo :)

terça-feira, 19 de junho de 2012

:D

O modo como lhe digo "Yellow!!!"
e ela me responde sempre muito rapidamente "Green green green"
O modo como me diz "tenho os teus oculos" e eu respondo "podes guardá-los até sábado?" e ela responde "não, vou vendê-los!"
O modo como torna tudo simples mas complicado, o modo simples com que combina as coisas...
o modo como lhe mando sms e ela sabe...

São modos de vida!

=D

Festival Músicas do Mundo


Programa 2012

Artistas já confirmados para o FMM Sines 2012:
QUINTA, 19 DE JULHO 
AMÉLIA MUGE & MICHALES LOUKOVIKAS “PERIPLUS” (PORTUGAL / GRÉCIA)
WAZIMBO (MOÇAMBIQUE)
OTIS TAYLOR BAND (EUA)
BOMBINO (NÍGER – CULTURA TUAREGUE)
NARASIRATO (ILHAS SALOMÃO)


SEXTA, 20 DE JULHO
SÁBADO, 21 DE JULHO
QUARTA, 25 DE JULHO
ENSEMBLE LA NOTTE DELLA TARANTA (ITÁLIA – APÚLIA)
QUINTA, 26 DE JULHO
COUPLE COFFEE (PORTUGAL / BRASIL)
UXU KALHUS (PORTUGAL)
ASTILLERO (ARGENTINA)
GURRUMUL (AUSTRÁLIA – CULTURA ABORÍGENE)
FATOUMATA DIAWARA (MALI)
DUBIOZA KOLEKTIV (BÓSNIMiA-HERZEGOVINA) 
SEXTA, 27 DE JULHO
DIABO A SETE (PORTUGAL)
KOUYATÉ-NEERMAN (FRANÇA / MALI)

DHAFER YOUSSEF QUARTET (TUNÍSIA)
MARI BOINE (NORUEGA – POVO SAMI)
ZITA SWOON GROUP (BÉLGICA / BURKINA FASO)
JUJU (GÂMBIA / REINO UNIDO)
SÁBADO, 28 DE JULHO
Cartaz ainda em actualização, mais informações em www.fmm.com.pt :)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Carta de Mourinho à Selecção:


Sou português há 47 anos e treinador de futebol há dez. Sendo assim, sou mais português do que treinador. Posto isto, para que não restassem dúvidas, vamos ao que importa...

As Selecções Nacionais não são espaços de afirmação pessoal, mas sim de afirmação de um País e, por isso, devem ser um espaço de profunda emoção colectiva, de empatia, de união. Aqui, nas selecções, os jogadores não são apenas profissionais de futebol, os jogadores são além disso portugueses comuns que, por jogarem melhor que os portugueses empregados bancários, taxistas, políticos, professores, pescadores ou agricultores, foram escolhidos para lutarem por Portugal. E quando estes eleitos a quem Deus deu um talento se juntam para jogar por Portugal, devem faze-lo a pensar naquilo que são - não simplesmente profissionais de futebol (esses são os que jogam nos clubes), mas, além disso, portugueses comuns que vão fazer aquilo que outros não podem fazer, isto é, defender Portugal, a sua auto estima, a sua alegria.

Obviamente há coisas na sociedade portuguesa incomparavelmente muito mais importantes que o futebol, que uma vitória ou uma derrota, que uma qualificação ou não para um Europeu ou um Mundial. Mas os portugueses que vão jogar por Portugal - repito, não gosto de lhes chamar jogadores - têm de saber para onde vão, ao que vão, porque vão e o que se espera deles.

Por isso, quando a Federação Portuguesa de Futebol me contactou para ser treinador nacional, aquilo que senti em minha casa foi orgulho; do que me lembrei foi das centenas e centenas de pessoas que, no período de férias, me abordam para me dizerem quanto desejam que eu assuma este cargo. Isto levou-me, pela primeira vez na minha vida profissional, a decidir de uma forma emocional e não racional, abandonando, ainda que temporariamente, um projecto de carreira que me levou até onde me levou.

Desculpem a linguagem, mas a verdade é que pensei: Que se lixem as consequências negativas e as críticas se não ganhar; que se lixe o facto de não ter tempo para treinar e implementar o futebol que me tem levado ao sucesso; por Portugal, eu vou!

E é isto que eu quero dizer aos eleitos para jogar por Portugal: aí, não se passeia prestigio; aí, não se vai para levar ou retirar dividendos; aí, quem vai, vai para dar; aí, há que ir de alma e coração; aí, não há individualidades nem individualismos; aí, há portugueses que ou vencem ou perdem, mas de pé; aí, não há azias por jogar ou por ir para o banco; aí, só há espaço para se sentir orgulho e se ter atitude positiva.

Por um par de dias senti-me e pensei como treinador de Portugal. E gostei. Mas tenho que reconhecer que o Real Madrid é uma instituição gigante, que me «comprou» ao Inter, que me paga, e que não pode correr riscos perante os seus sócios e adeptos. Permitir que o seu treinador, ainda que por uns dias, saísse do seu habitat de trabalho e dividisse a sua concentração e as suas capacidades era impensável.

Creio, por conseguinte, que o feedback que saiu de Madrid e chegou à Federação levou a que se anulasse a reunião e não se formalizasse o pedido da minha colaboração.

Para tristeza minha e frustração do presidente Gilberto Madail.

Mas, sublinho, agora já a frio: foi e é uma decisão fácil de entender. Estou ao leme de uma nau gigantesca, que não se pode nem se deve abandonar por um minuto. O Real decidiu bem.

Fiquei com o travo amargo de não ter podido ajudar a Selecção, mas fico com a tranquilidade óbvia de quem percebe que tem nas suas mãos um dos trabalhos mais prestigiados no mundo do futebol. 

Agora, Portugal tem um treinador e ele deve ser olhado por todos como «o nosso treinador» e «o melhor» até ao dia em que deixar de ser «o nosso treinador». Esta parece-me uma máxima exemplar: o meu é o melhor! Pois bem, se o nosso é Paulo Bento, Paulo Bento é o melhor.

Como português, do Paulo espero independência, capacidade de decisão, organização, modelagem das estruturas de apoio, mobilização forte, fonte de motivação e, naturalmente, coerência na construção de um modelo de equipa adaptada as características dos portugueses que estão à sua disposição. Sinceramente, acho que o Paulo tem condições para desenvolver tudo isso e para tal terá sempre o meu apoio. Se ele ganhar, eu, português, ganho; se ele perder, eu, português, perderei. Mas eu também quero ganhar.

No ultimo encontro de treinadores que disputam a Champions League, quando questionado sobre o poder dos treinadores nos clubes, ou a perda de poder dos treinadores face ao novo mundo do futebol, sir Alex Fergusson disse (e não havia ninguém com mais autoridade do que ele para o dizer!) que o poder e a liderança dos treinadores depende da personalidade dos mesmos, mas que depende muitíssimo das estruturas que os rodeiam. Clubes e dirigentes fragilizam ou solidificam treinadores.

Eu transponho estas sábias palavras para a selecção nacional: todos, mas todos, neste país devem fazer do treinador da selecção um homem forte e protegido. E quando digo todos, refiro-me a dirigentes associativos, federativos e de clubes, passando pelos jogadores convocados e pelos não convocados, continuando pelos que trabalham na comunicação social e terminando nos taxistas, políticos, pescadores, policias, metalúrgicos, etc. Todos temos de estar unidos e ganhar. E se perdermos, que seja de pé.

Mas, repito, há coisas incomparavelmente mais importantes neste país que o futebol. Incomparavelmente mais importantes¿ Infelizmente!

Aproveito esta oportunidade para desejar a todos os treinadores portugueses, aos que estão em Portugal e aos muitos que já trabalham em tantos países de diferentes continentes, uma época com poucas tristezas e muitas alegrias.


Ao Xico Silveira Ramos, manifesto-lhe a minha confiança no seu cargo de Presidente da ANTF.

Um abraço a todos.

José Mourinho

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Portugal vs Dinamarca


Este campeonato europeu deve estar a ser aquele em que mais oiço os despiques sobre tal jogador ser do Sporting ou ser do Benfica blá blá blá. Conversas que nem aos santinhos interessam numa altura nem leões nem águias ou dragões...mas sim quinas.
Vejo futebol se tiver boa companhia para, também passo bem sem ver.
Mas selecção é selecção...e faz-me lembrar do euro 2008 em que os jogos eram batidos no Comes e cada intervalo correspondia a um jogo certinho de eleven, sem tirar nem pôr, parecíamos um grupo de velhos, assim que dava o apito de intervalo... cartas para cima da mesa, bebidas repostas, e zimbora que se faz tarde!
Hoje não há cartas, mas vai haver caracóis e selecção. O encontro está marcado em Vila Nova de Santo André :) e se eu já andava a dizer mal da vida porque era impossível sair mais cedo...eis que nos entra sra vereadora pela sala e diz: "Eu sou do Sporting mas vivo perfeitamente sem isso, agora selecção é selecção e portanto quem quiser sair 15 minutos mais cedo para chegar em cima do apito inicial, está à vontade!"
Bendita sois vós sra Vereadora! Que evitou que a rede de serviço fosse completamente esgotada por televisões em directo através do computador, que evitou termos todos 15 minutos nada produtivos, e deu oportunidade de apoiar os representantes do país.

Não caibo em mim de contente!