"À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

domingo, 26 de janeiro de 2014

Coisas parvas #1

Vamos começar a contabilizar isto, já agora.

Aí há dias sonhei, nessas poucas horas de sono que tenho ainda me dou ao luxo de sonhar, ora bem, sonhei que o meu querido irmão tinha uma namorada e ia apresentar à família...
até aqui tudo normal, é um rapaz novo, com casa própria, bom emprego, é mais que normal que o próximo passo seja a namorada e consequentemente a sua apresentação.
O pior é que eu sonhei com o nome da minha ex-futura-cunhada (ex porque se o caso fosse mesmo verdade obviamente que tal pessoa deixava de namorar o meu irmão no minuto que eu comprovasse a história), e sonhei que ela se chamava nem mais nem menos que Daurora. Sim, Dauroda com "D", como se tivéssemos muito fanhosos e com o nariz hiper mega entupido. Daurora, isto existe?!
Ora como sou uma menina que fica a pensar nas coisas que sonha, quando se lembra, claramente que contei logo à minha mãe e disse-lhe "sou incapaz de enviar mensagem ao meu irmão não vá ter acertado no nome da rapariga, portanto se ele ligar a dizer que cá vem com mais alguém, tu diz para ele pensar três vezes antes de a fazer atravessar o portão. Porque é escusado ele trazer alguém que se chame Daurora!"

A parte positiva disto tudo é que ele não trouxe cá ninguém e julgo que a namorado tem um nome catita e todo normal. Ok, posso ter algum trauma com o nome dela, mas terei que fechar os olhos a isso pois a coitada não tem culpa.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Conversas com crianças...


Sofia: Já viste o little?
Sara: sim, vi-o quando o pai o trouxe ali à porta...
Sofia: fizeste-lhe festinhas?
Sara: não querida, estava muita gente e ele estava muito assustado, faço depois, sim?
Sofia: Ele está lá fora, podias lá ir fazer festinhas, está a correr com o pai.
Sara: está bem, já lá vou. Qualquer dia tens que o trazer para a preparação física de manhã...
Sofia: Sim, mas primeiro ele tem que ser treinado a não morder os calcanhares das pessoas.
Sara: humm...
Sofia: é que ele era um cão pastor e então mordia os calcanhares das ovelhas quando elas se afastavam umas das outras...
Sara: ahh e agora morde os calcanhares das pessoas...
Sofia: sim, pensa que as pessoas são ovelhas...


...
xD

Boa cena :)



Chegar a casa agora tornou-se uma coisa de grande estilo :)
Love it@

sábado, 18 de janeiro de 2014

Hope so...



Bons filmes

Depois de ter apanhado uma desilusão enormeeeee com o Cloud Atlas jurei a mim mesma ter um bocadinho mais atenção a filmes que envolvessem o Tom Hanks.
Vai daí, quando surgiu o Capitão Phillips disse logo "não, desta não me enganas, vou ficar com as boas recordações do Forest Gump e do Código Da Vinci", e não o fui ver, não me interessava ver quando ficou disponível online, desliguei mesmo.
Mas ontem e após ter ouvido uma crítica bastante positiva acerca do filme e como até me andava a apetecer um filme sem ser o Hobbit que é de 3 horas...carreguei aquele.
E sim senhor, obrigada Tom. Finalmente consigo encarar o Cloud Atlas como um erro de percurso, estás perdoado.
O Capitão Phillips está muito bom, é tipicamente americano, mas a mim isso não me incomoda nadinha, é baseado em factos verídicos e em assuntos que mesmo hoje em dia (o filme relata um episódio de 2009) aparece nos jornais e telejornais, portanto é algo que não está ultrapassado, infelizmente.

Vale a pena ver :)


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Recomenda-se

É simplesmente genial.
É dos escritores que me faz imaginar um cenário e manter-me sempre fiel a esse cenário até ao fim do livro.
Se alguma vez fosse adaptado ao cinema eu deveria apanhar uma enorme desilusão, porque com os livros de Valter Hugo Mãe eu imagino até os pormenores das caras das personagens. Está lá tudo, tudinho ao milímetro na minha cabeça.
A escrita lança logo a imagem de uma aldeia perdida algures, com pessoas do campo (pela sua linguagem), mas com traços de alguma modernidade. Tem o imaginário, a ficção, o romance, assuntos quotidianos, ironia e tudo fora do modo "viveram felizes para sempre" convencional e que nos é vendido como "romance". Várias vidas, várias personagens mas todas ligadas.
Genial.
Talvez me lance na "Desumanização" :)


Quando a saudade aperta...

Um dia ela escreveu:

"No fundo, no fundo, por mais capas que tenhas, por mais forte que pareças, és apenas uma menina cheia de sonhos, com um pé aqui e outro lá, com vontade de seres mais que uma e estar em todo o lado e com todos que te chamam...

Sempre que te sentires perdida, agarra no telemóvel e dá-me um toque!"

                                                                                                            S

E eu tenho vontade de lhe dar um toque, mais do que um toque, tenho sempre imensa vontade de falar com ela, não porque me sinta perdida, que não sinto, mas simplesmente para falar com ela. Com eles. Aquele grupo sempre junto dentro e fora de aulas.
Que estudava junto, almoçava junto, jantava junto, passava fins-de-semana junto, quase vivia junto, e agora depois de dois anos cada um está em seu lado, com a intenção de ligar mas a acção fica sempre por realizar. O tempo. As nossas vidas. O tempo. Sim, o tempo é nosso inimigo.
Eu queria ainda estar naqueles dias de sofá a ver qualquer coisa parva na televisão, ou simplesmente de conversa, com o sol a bater nas janelas e a entrar por aquela sala enorme adentro.
Queria voltar. Queria tê-los ao pé de mim e estar a um simples toque de campainha para os visitar.
O tempo corre. E nós temos que nos separar.
Não há dia que não olhe para aquela caixa cheia de recordações, para aquela garrafa de vinho toda escrita, para as fotografias espalhadas. Tenho tantas mas tantas saudades do código do instante decisivo e da amizade sincera.
Só o saber que estão bem me consegue confortar nestes grandes momentos de saudade e nostalgia.

Quer seja aqui, no Barreiro, em Lisboa, em Elvas, em Inglaterra ou em Luanda,
E sempre em boa companhia...

Não sei se são as sementes
Que deixamos na terra
Plantadas ontem
Fizeram um caminho
Que começamos hoje a trilhar
Em direcção ao infinito
Já não me preocupa mais o tempo



Com saudade,
Sara




quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Tem dias que me envergonho de achar que tenho dias horríveis, daqueles que o único pensamento (a seguir ao de "hoje tudo corre mal") é "quando é que o dia chega ao fim?"
Os meus dias maus são sonhos cor-de-rosa para muita gente, e tem dias que me odeio por isso, que se pudesse fazer mais fazia.
Faz hoje uma semana que a Mafalda apareceu no clube para ir experimentar a patinagem, perguntámos "já alguma vez patinaste?" "Não." "E alguma vez viste estes meninos a patinarem em algum sítio?" "não..."
A Mafalda não conhecia o clube, não conhecia a patinagem se não da televisão, mas quando a mãe perguntou se queria ir para a dança a Mafalda respondeu que não, a mãe tentou novamente mas com patinagem e desta vez a Mafalda disse que sim.
Está connosco há uma semana, tem oito anos, está no 2º ano e é uma criança como outra qualquer, ri muito, conversa muito, dança muito, corre e faz o que nós lhe pedimos sempre com um sorriso na cara, apesar de tudo tem algum medo de cair e por isso esta sua semana na patinagem ainda é muito fresquinha e sem grandes aventuras.
A Mafalda teve um tumor cerebral. Deixou de andar.
Não sei ao certo há quanto tempo atrás foi isto, mas para uma criança de 8 anos será sempre recente pois não tem vida que chegue ao "há muitos anos atrás".
Eu acho incrível a sua vontade de arriscar, pouco de cada vez mas arrisca, esta sua vontade de quem voltou a aprender a andar e mais que isso quer aprender a andar de patins, pondo à prova toda a sua capacidade motora e mental também. Acho incrível o sorriso que ela nos lança cada dia que nos vê, e a sua conversa como se fosse da nossa idade, não se atrapalha com palavra alguma, nem com dificuldades a falar, nadinha, é uma pessoa crescida que tem conversas de gente crescida, e tem oito anos.
Aos oito anos a minha preocupação maior foi ter partido a cabeça da minha melhor amiga sem querer, era a patinagem, e eram os trabalhos de casa para conseguir ter o fim-de-semana livre e ir para casa das amigas. Aos oito anos ninguém deve ter já no seu curto histórico de vida a luta contra um tumor, não, isso não é coisa de criança. Aliás, não devia ser coisa de ninguém, mas de criança muito menos.
Os meus dias maus não são nada em comparação com alguém de oito anos que tem que ter cuidado com tudo o que faz, quando a sua única preocupação devia ser a de brincar demasiado.
A Mafalda é um exemplo, pela sua força e vontade, pelo seu sorriso.
E como ela existem outros tantos.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Resolutions

Nos dias antes da passagem de ano pensei muita vez no que fazer deste blog...
Verdade seja dita que a minha assiduidade não está nem perto dos 50% e se fosse a ver mesmo mesmo bem talvez já estivesse reprovada por faltas. Acontece que me dá um gosto especial vir aqui de vez em quando, ainda que não venha tantas vezes quanto gostava. Tem dias que simplesmente não me apetece escrever nada, tem outros que por muito que queira deixar aqui alguma coisa não há absolutamente nada que saia desta cabeça e pronto tem outros (a minoria) que até consigo vir aqui e escrever pelo menos uma frase.
Eu entrego-lhe a culpa a ele. Afinal sempre fui um bocado de escrever apenas nos momentos maus, e agora, que as coisas me correm bem, sou incapaz de dizer alguma coisa de jeito. Se calhar é mesmo como o Pedro Abrunhosa diz e o amor é vivido de diferentes formas, varia de pessoa para pessoa, já a dor, a dor é compreendida por todos nós da mesma maneira. Pois, talvez seja por isso que nestes momentos de felicidade eu não articule duas palavras com nexo, e se um dia iniciei este blog ou qualquer um dos três anteriores foi meramente para escrever e não propriamente para partilhar, e por isso ouvia coisas de "epa para se conseguir ler o teu blog é preciso ser-se muito inteligente" talvez tenha sido o melhor comentário teu Carlos Cabeça, até à data. ~
Mas vamos acabar com os devaneios de uma rapariga que bem tenta mas não sai nadinha que se aproveite...
Não faço resoluções de Ano Novo, não faço ponto. Acho uma palermice ter que chegar o início de um novo ano para a pessoa iniciar uma dieta, fazer mais exercício (são os mais normais), mas este ano tive que fazer uma, para o meu bem e para o bem deste sítio na internet não ser apenas usado uma vez a cada seis meses. E com isto decidi ser assídua e quase pontual (talvez pense no pontual para 2015) neste blog. Mesmo que sejam coisas banais que toda a gente escreve, mesmo que não seja nada de jeito (o que se tem vindo a notar até agora), enfim...quero com isto iniciar uma nova vida. Venham mais devaneios da Sara! (e atenção que hoje já é dia 13...)