Assim que levantei a mão para dizer adeus senti que tinha terminado mais um fim-de-semana.
Eles e elas no carro, a dizerem adeus e eu a subir as escadas. Não estava tanto calor como nos outros dias, estava um vento agradável. Tínhamos acordado tarde e foi o tempo de arrumarem as malas. Eu ficava.
Naquela subida tive noção que o cansaço estava ali mesmo ao lado.
Ia-me deitar mais um bocado, era fim da tarde e não haveria mal nenhum. Aproveitar o silêncio da casa, da rua, e da vila que ao Domingo de festa tem um silêncio religioso da procissão, que não vou desde que passei a ter poder de decisão.
Depois do descanso senti a falta da casa cheia, a azáfama entre banhos e quem faz o jantar, quem lava a loiça, quantos somos para jantar, onde está a roupa, os sapatos, janelas abertas para a casa apanhar ar, as cadeiras na rua para se aproveitar o fresco. A vida devagar do Alentejo, os dias de descanso na vila.
Fica o carinho de mais um fim-de-semana de festa, com a certeza que para o ano iremos voltar.
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