"À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

domingo, 9 de dezembro de 2012

Das leituras...

Aqui há tempos estava a ler um livro que pelo título o meu comentário foi: "é mais do mesmo...", o livro chamava-se A última testemunha de Auschwitz, não foi 100% mais do mesmo, foi um bocado mas não por completo. É claro que é sempre chocante, estamos a falar de relatos de acontecimentos reais, que nos deixa a pensar como é possível algo deste género ter acontecido...e nem foi assim há tanto tempo.

Quando o acabei foi pela altura do meu jantar de despedida em Sines, e estava de conversa com uma amiga do trabalho que me aconselhou outro livro também acerca do campo de Auschwitz mas de outra perspectiva, continua a ser visto de dentro, por um judeu Italiano, mas tem outra maneira de ver o campo, fala mesmo das leis (ou falta delas) dentro do campo, regulamentos e hierarquias, o modo de funcionar, como sobreviver. Não é um relato igual a tantos outros já publicados é mais um relato sobre as estratégias de sobrevivência, com referência a acontecimentos claro, mas a explicar como funcionava lá dentro.

 "A memória é um instrumento curioso: enquanto estive no campo, dançaram-me na cabeça dois versos escritos por um amigo meu há muito tempo:
...até que um dia 
já não terá sentido o amanhã. 
Aqui é assim. Sabem como se diz "nunca" na gíria do campo? "Morgen Fruh", amanhã de manhã."


Daqui, recomenda-se: Se Isto É Um Homem de Primo Levi

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